Idade da Inocência

João Roberto brincava calmamente na inocência dos seus 3 anos junto aos baloiços perto de sua casa com a Francisquinha, sua vizinha de cima, enquanto sua mãe repousava um pouco num banco de jardim ao lado de um sem-abrigo de nome Paulo. João Roberto era fruto de um relacionamento que sua mão teve com um marinheiro na sua adolescência, marinheiro esse que se presume que seja turco ou húngaro ou marroquino ou belga ou russo ou então não era sequer marinheiro.

-Mãe, mãe a francisquinha mandou-me um estalo e atirou-me areia para o triciclo- diz João Roberto a chorar desalmadamente.
-Põe os olhos em mim meu filho, as gajas são todas umas putas. Mas que lhe fizeste tu?
-Tens razão mamã...Nem fiz nada de especial...Estava a brincar com ela junto aos baloiços e quando dou por mim estou em cima dela a apalpá-la toda e pronto a explodir de prazer. Estava tão excitado que nem reparei na chupeta a cair-me ao chão.
-Oh meu filho isso não se faz...Gostavas que fizessem isso à tua irmã? Não gostavas pois não?
-Primeiro é meia-irmã e segundo acho que ninguém tocava naquele aborto. Agora a Francisquinha cheira a sexo mamã, ai meu Deus que a fazia toda...
-Ouve lá rapaz...Tu não namoras com a Mariazinha?
-A Mariazinha é o meu amor, é a gaja para andar de mão dada pela rua, a Francisquinha é uma coisa muito física, muito carnal...Não mistures as coisas mãe. Desde que te vi na cama com dois Moçambicanos nunca mais foste a mesma...